A necessária atenção que vem sendo dada às melhores práticas de sustentabilidade, sociais e de governança – unidas na já bastante conhecida sigla ESG – passou a influenciar também a forma como viajamos. E os brasileiros liderando esse movimento. Segundo pesquisa realizada pelo Booking.com, 7 em cada 10 viajantes do país querem viajar de forma mais sustentável no futuro – só os colombianos nos superam.
Outro aspecto identificado pela pesquisa é quanto à consciência dos viajantes com relação ao futuro dos destinos visitados. Mais de 80% dos brasileiros consultados disseram esperar que seu dinheiro retorne em benefícios para a comunidade local ou que contribua para a preservação dos locais.
Todas essas expectativas, sociais e ambientais, têm o potencial de mexer com a indústria do turismo. Isso inclui companhias aéreas, que vêm encontrando maneiras de reduzir suas emissões de carbono, parques e museus, que estão optando por fontes renováveis de energia, e, claro, os meios de hospedagem. Estes, em especial, têm uma grande tarefa pela frente, pois mantêm um relacionamento próximo com os hóspedes ao longo de toda a viagem, e são observados bem de perto por eles.
Para se tornarem mais sustentáveis, podem, por exemplo, diminuir seu consumo de plástico e papel, reciclar seu lixo, dar preferência a produtos de limpeza ecológicos e contribuir com a comunidade de seu entorno – que tal comprar alimentos de pequenos agricultores da vila ao lado? E esse é só o começo; é possível realizar a compostagem de material orgânico, aproveitar a água da chuva e instalar um sistema de energia solar.
Não se trata de gasto, mas de investimento. Além de contribuir para um mundo melhor, a sustentabilidade – quando bem implementada – também traz resultados financeiros. Eles vêm tanto de maneira direta (pela diminuição nos gastos com energia, por exemplo), como de maneira indireta, com o aumento da reputação do estabelecimento.
Afinal, se os consumidores estão se inclinando a práticas mais sustentáveis, eles irão preferir os hotéis que compartilham da mesma preocupação.
Pequenos frascos fazem uma enorme diferença
Líder no mercado de amenities, a Harus dá a sua parcela de contribuição. Seus produtos não contêm parabenos nem são testados em animais. Além disso, todas as embalagens são biodegradáveis e têm o selo Plástico Verde.
E a demanda do mercado mostra a importância da sustentabilidade para os meios de hospedagem: a linha de produtos exclusiva Alma Brasil, produzida com matérias-primas vegetais e ecologicamente corretas, corresponde hoje a 40% das vendas da companhia.
Outro bom exemplo são os dispensers, cuja procura não para de aumentar. Utilizados para álcool em gel, sabonete líquido, shampoo e condicionador, eles não apenas garantem economia de custo (de entre 30% e 60%), como minimizam o desperdício e reduzem o impacto ambiental.