Os turistas estão constantemente em busca de novidades. Uma das tendências para 2025 é o nocturism, também chamado de turismo noturno. É a opção ideal para quem deseja fugir do convencional, ter contato com a natureza e, de quebra, presenciar fenômenos astronômicos incríveis.
O que é nocturism?
Embora o turismo noturno possa remeter a viagens para locais com a vida noturna agitada, com festas, baladas, bares e restaurantes que funcionam madrugada adentro, o conceito ganhou novas formas. Atualmente, refere-se a destinos onde o turista possa contemplar a noite, principalmente com atividades relacionadas à astronomia.
Segundo a pesquisa Previsões de Viagem da Booking.com, de 2025, 64% dos brasileiros pensam em visitar destinos com céus mais escuros para, principalmente, contemplar estrelas (79%), observar constelações (62%) e eventos cósmicos raros (61%).
Por isso, lugares remotos onde o turismo não era tão expressivo, pelo menos não à noite, estão ganhando destaque. Alguns exemplos são a contemplação da aurora boreal em países como Islândia, Finlândia e Noruega, e a observação de estrelas na região do Atacama, no Chile.
No Brasil, também existem experiências de observação do céu e “banho de estrelas” em locais como a Chapada dos Veadeiros (GO), a Serra da Canastra (MG), os Lençóis Maranhenses (MA) e a Chapada Diamantina (BA).
Por que o turismo noturno é tendência?
O interesse pelo nocturism está crescendo na toada do turismo espacial, que está cada vez mais perto de se tornar realidade.
Alguns turistas também aproveitam a experiência astronômica para fortalecer a conexão com o meio ambiente. Não à toa, a demanda por estadias em meio à natureza é crescente, inclusive sem luzes, para incentivar menos poluição luminosa, assim como preservar a flora e a fauna – 54% dos brasileiros reservariam um meio de hospedagem nessas condições.
Outro aspecto que está influenciando é a crise climática. As altas temperaturas durante o dia estão incentivando 57% dos viajantes brasileiros a aumentarem o número de atividades noturnas.
Inclusive, o dado está em linha com outras tendências que estão se consolidando nos últimos anos, tais como o turismo sustentável, cujas acomodações e passeios priorizam a preservação ambiental, o turismo de última chance, em que o foco são lugares cujo ecossistema está ameaçado, e o desejo por experiências únicas em destinos que fogem do tradicional.
Nocturism para além da astronomia
Os astros estão no centro do nocturism, mas outras atividades noturnas, sobretudo em meio à natureza, também proporcionam experiências fora do convencional. Um exemplo é o safári noturno na Zâmbia, já que é nesse período do dia que vários animais, como os leões, ficam mais ativos.
Em Taiwan, os mercados noturnos são repletos de barracas que servem pratos da culinária local. Normalmente, estão instalados próximos a templos para que o público possa se deliciar ao fim das celebrações religiosas.
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