A atenção às melhores práticas do ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, ou seja, premissas ambientais, sociais e de governança) cresceu exponencialmente nos últimos anos. Hoje, consumidores e investidores buscam empresas preocupadas com seus impactos na sociedade e no meio-ambiente, elevando também a preocupação com esses fatores entre as companhias.
Para se ter uma ideia, metade da população global afirma ter preocupações ecológicas em suas decisões de compra, conforme uma pesquisa da PwC deste ano. Conforme um levantamento do Booking.com, de 2021, 83% dos viajantes acreditam que um modelo sustentável de viagens é vital para o meio ambiente, sendo que 61% assinalam que a pandemia motivou a busca por um turismo mais sustentável para os próximos anos.
Esses são apenas alguns exemplos dos motivos pelos quais a hospitalidade deve se preocupar com o ESG. Mas há outros: um deles é que o setor é um dos poucos que opera 24 horas, 365 dias por ano, gerando um consumo de água e energia elétrica bastante alto – um relatório da Urban Land Institute Hotel Sustainability, de 2019, mostrou que os hotéis são os produtos imobiliários com o maior consumo por metro quadrado de ambos.
O que muda na prática
Vale lembrar que a hospitalidade envolve diversas frentes. Os empreendimentos podem, por exemplo, implementar medidas para preservar a fauna e a flora locais, viabilizar melhores condições socioeconômicas para os moradores de seu entorno e adotar boas práticas de governança – que envolvem uma equipe diversa, um ambiente de trabalho saudável para os funcionários e a saúde financeira dos negócios, por exemplo.
Para entender melhor por onde começar, é preciso que o meio de hospedagem tenha uma visão 360° de suas operações. Criar um plano realista, com objetivos a curto, médio e longo prazos é o próximo passo. Se antes o discurso sustentável era conhecido por ficar apenas no papel, hoje, o mercado cobra políticas e ações claras no dia-a-dia dos empreendimentos.
Abaixo, detalhamos algumas das medidas que podem ser tomadas em cada uma das áreas que compõem o ESG:
Environmental (Ambiental)
Quando o tema é meio ambiente, é comum que os hotéis incentivem os hóspedes a evitarem a troca diária de toalhas e roupa de cama, de modo a economizar água e eletricidade. Outras práticas que têm se tornado comuns são a adoção de sistemas de automação, como sensores de movimento e presença nos apartamentos, possibilitando que as luzes e o ar-condicionado sejam acionados apenas quando necessário, e as lâmpadas de LED, que consomem menos energia.
Os estabelecimentos também podem adotar sistemas de reaproveitamento de água – como a dispensada pela máquina de lavar roupas –, captação de água das chuvas – para regar o jardim, por exemplo –, painéis de captação de energia solar, coleta seletiva, redução do volume de lixo – troca de materiais descartáveis por produtos duráveis, como substituir copos de plástico pelos de vidro – e uso de amenities sustentáveis.
Em relação aos novos empreendimentos, há diversos certificados que garantem que a construção seja sustentável, tais como LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) e EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiency). Esses títulos, entre outros aspectos, garantem que a obra do hotel não agrediu a natureza e que o modelo de negócios é eficiente na redução do consumo de recursos naturais.
Social
As boas práticas no quesito social dizem respeito, principalmente, aos impactos da empresa na comunidade de seu entorno. Antes da construção de um hotel ou pousada, é interessante analisar como o surgimento de um estabelecimento naquele local afetará o comércio, a cultura ou alguma atividade econômica da região, sobretudo quando são localidades remotas e fora da rota turística – já que um novo empreendimento, em tese, significa atração de turistas.
Também é essencial que a população local seja inserida nas atividades da hotelaria. Por exemplo: é possível contratar moradores da própria cidade para a construção e operação das novas instalações? Além disso, é interessante que o hotel esteja engajado em causas para melhorar o ambiente socioeconômico regional, como reverter parte dos lucros para alguma entidade assistencial ou promover campanhas de arrecadação de recursos.
Governance (Governança corporativa)
A governança é um dos pontos mais amplos do ESG, pois envolve tanto questões sociais quanto de gestão dos negócios. Primeiramente, é essencial que a companhia adote uma postura anticorrupção e tenha ações para garantir a saúde financeira. Em relação aos colaboradores, o hotel precisa garantir boas condições trabalhistas, desde estrutura para realização das atividades a boas remunerações e plano de carreira.
Diversidade e inclusão também se encaixam – e são um dos principais temas – na governança. Ainda que algumas companhias sejam relutantes a esses temas, empresas com maior diversidade de gênero apresentam um desempenho financeiro 25% maior, diferença que chega a 36% quando é considerada a diversidade étnica, aponta um estudo da McKinsey, de 2020.
A Harus, líder do mercado nacional de amenities, oferece uma gama de produtos que podem ajudar nesta missão. A marca conta com linhas veganas e com insumos naturais, além de adotar políticas para diminuir o uso de plástico.
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