Forte ou fraco, expresso ou coado, com leite ou puro, adoçado ou amargo. O café é a bebida mais consumida do mundo, ficando atrás apenas da água. E o Brasil é o principal produtor e exportador do grão, representando 38% da produção mundial. Não à toa, o turismo de café, também chamado de turismo cafeeiro, é uma das atrações do nosso país.
Segundo o Conselho Nacional do Café, há cafeicultura em 1.983 municípios, distribuídos em 16 estados. Em alguns desses endereços, é possível conhecer todo o processo produtivo, do plantio à colheita, passando pela torra e moagem, até chegar ao consumidor final. Mais do que saber como a bebida chega à xícara, fazê-lo equivale a um mergulho na história brasileira, cuja economia dependeu por décadas da produção do grão.
A seguir, listamos cinco destinos no Brasil para quem deseja conhecer mais sobre o café. Confira!
1- Rota do Café Especial (MG)
No sul de Minas Gerais, maior estado produtor de café, a Serra da Mantiqueira é responsável pela produção do que é considerado o melhor do país. O clima e a altitude são ideais para a produção de grãos de alta qualidade, sobretudo em meio às montanhas de Carmo de Minas e São Lourenço, que formam uma paisagem única.
São aproximadamente 35 quilômetros para conhecer cafezais e mirantes, degustar cafés acompanhados de pão de queijo, mergulhar na história e na cultura local, e até mesmo voar de balão. As melhores épocas para conhecer a Rota do Café Especial são de dezembro a fevereiro e entre junho e agosto.
2- Rota Verde do Café (CE)
O Ceará foi a porta de entrada do café no Brasil em 1747. Lá, nasceu o Café de Sombra, em que os grãos são (literalmente) cultivados na sombra, resultando em um café suave e adocicado 100% arábica. A Rota Verde do Café, na região do Maciço de Baturité (100 km de Fortaleza), é composta principalmente por pequenos produtores artesanais que adotam um sistema sustentável para preservação do cinturão verde.
A rota possui sítios, casarões, trilhas, um monastério jesuíta e vistas deslumbrantes em mais de 32.690 hectares. Não é possível conhecer tudo em apenas um dia, mas existem diferentes trajetos, de um dia ou meio dia, por exemplo, para conhecer pontos-chave da região. O mais comum é partir da Estação Ferroviária de Baturité, onde está o Museu Ferroviário, e seguir para os demais pontos de acordo com o caminho escolhido.
3- Rota do Café do Norte (PR)
A Rota do Café do Norte, ou apenas Rota do Café, no Paraná, tem o objetivo de resgatar a cultura e a história cafeeira no estado, que é um dos principais produtores brasileiros do grão. Nela, o turista vive uma imersão “do pé à xícara”, conforme os próprios responsáveis pela rota dizem, passando pelas cidades de Londrina, Ibiporã, Rolândia, Mandaguari, Sapopema, Santa Mariana e Ribeirão Claro.
São aproximadamente 200 quilômetros com mais de 30 atrações – entre elas, fazendas históricas e em atividade, cafeterias, restaurantes e agroindústrias. Ali, é possível visitar plantações e fazer degustações comentadas para conhecer as particularidades do café local. O período de colheita, de maio a agosto, é a melhor época para visitar.
4- Serra do Caparaó (ES)
No Espírito Santo, a Serra do Caparaó é uma região cafeeira tradicional, caracterizada pelo clima frio e úmido, além da altitude, que favorecem a produção de grãos tipo arábico. A Rota dos Cafés Especiais, em Dores do Rio Preto, reúne dezenas de cafezais, inclusive de produtores que já ganharam prêmios pela qualidade do grão. O turista pode conhecer os cafezais, comprar cafés locais e outras delícias artesanais, como pães e bolos.
Já as cidades de Iúna e Irupi, no pé da Serra do Caparaó, contam com o Circuito Turístico Serras, Águas e Cafezais, criado e mantido por empreendedores rurais na última década. Um dos destaques é a produção de cafés especiais, dos tipos conilon e arábica, por cafeicultores familiares. É possível conhecer as plantações, acompanhar a torrefação e participar de oficinas para aprender a degustar os cafés da região.
5- Vale do Café (RJ)
O Vale do Café abrange os municípios de Piraí, Vassouras, Miguel Pereira e Rio das Flores, onde ainda existem construções do século XIX, quando a cafeicultura era a principal fonte de renda da região. Os roteiros revisitam o Brasil imperial, principalmente por meio de visitas a fazendas que pertenciam aos barões de café da época.
O mergulho histórico inclui conhecer um cafezal centenário, participar de saraus que contam a história da região, que está diretamente relacionada à escravidão no país, degustar pratos típicos brasileiros e adquirir artesanatos.
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