Nós já falamos sobre algumas mudanças e tendências que estão crescendo em razão da pandemia de Covid-19, tais como Slow Travel, Bleisure e o turismo de bem-estar. Neste artigo, vamos falar sobre o turismo de experiência, uma modalidade que já existe há muitos anos, mas deve ganhar ainda mais espaço no pós-pandemia, uma vez que as pessoas estão em busca de viagens imersivas, com vivências até então inéditas em suas vidas.
Esse tipo de turismo caracteriza as viagens com experiências significativas. A viagem deixa de ser um passeio turístico e passa a gerar emoção a partir da participação do viajante. A OMT (Organização Mundial do Turismo) afirmou, ainda antes da crise sanitária, que o turista deseja, atualmente, “viajar para destinos onde, mais do que visitar e contemplar, fosse possível também sentir, viver, emocionar-se e ser personagem de sua própria viagem”.
O conceito ganhou espaço porque, na pandemia, as pessoas repensaram a maneira de viver e, consequentemente, de viajar. Elas entenderam que uma viagem pode ser sinônimo de aprendizado, conscientização e transformação pessoal. Ela deve ser mais do que um roteiro “instagramável”. Deve ser uma oportunidade para se conectar e conhecer outras culturas e pessoas fora de sua “bolha social”.
Embora alguns aspectos sejam parecidos com a Slow Travel (viajar lentamente em tradução livre), há algumas diferenças. Ambas valorizam experiências imersivas, porém, a Slow Travel prioriza vivências mais longas na comunidade local, geralmente em locais fora da rota turística convencional. Esse tipo de viagem engloba, muitas vezes, a intenção de se desligar do mundo exterior, aproveitando o passeio para ficar mais offline.
Por outro lado, o turismo de experiência pode ser feito tanto na comunidade local quanto em pontos específicos (e até turísticos) da cidade. Não requer, necessariamente, vários dias de vivência e pode ser feito em destinos turísticos tradicionais. Um exemplo clássico é o jantar com personagens oferecido no Walt Disney World em Orlando. Veja mais detalhes!
O que define o turismo de experiência
Manual do Sebrae, de 2018, lista cinco coisas que fazem com que a viagem seja considerada um turismo de experiência:
1- Despertar os sentidos: Essa modalidade de turismo precisa proporcionar vivências sinérgicas, ou seja, quando os cinco sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato) são estimulados. Em um exemplo simples, é como visitar uma fábrica de chocolates, apreciar o chocolate sendo derretido, ouvir o barulho das máquinas, sentir a textura do chocolate ainda sem forma, experimentar o chocolate pronto e, é claro, aquele cheiro tão característico.
2- Sentimento: O objetivo é desenvolver atividades afetivas, que apelem para os sentimentos e emoções do turista. Esta atividade pode gerar uma relação de carinho do visitante em relação ao destino. É como mergulhar na história do lugar ou de quem o fez.
3- Pensamento: Oferecer atividades que estimulem a criatividade e sejam uma novidade para o turista. Elas devem estimular o pensamento livre, flexível e original, gerando um aprendizado. Tradicional no Rio Grande do Sul, mas que já se espalhou por outras partes do Brasil, a visita às vinícolas, dando a oportunidade do turista pisar em uvas para amassá-las é um exemplo, desde que seja explicada a origem da prática.
4- Ação: A ideia é proporcionar experiências físicas e de interação entre turistas e moradores locais. Alguns exemplos são as trilhas, percursos históricos – como a Rota do Ouro, na Estrada Real, em Minas Gerais – e outras atividades em comunidade.
5- Identificação: Focar atividades que estimulem experiências pessoais, atingindo os sentimentos individuais do turista – em geral, são ações que colocam o turista em contato direto com o contexto social e cultural do destino. É como visitar Salvador, na Bahia, no dia da Lavagem do Bonfim, e conversar com uma das baianas para entender o que esta tradição significa para ela e sua família.
Oportunidade para o setor hoteleiro
Assim como as demais modalidades de turismo, o setor hoteleiro deve estar atento à tendência de alta no turismo de experiência. Os hotéis podem oferecer opções de roteiros guiados que atendam aos critérios acima ou oferecer este tipo de vivência nas próprias instalações, caso seja possível. Principalmente estabelecimentos em meio à natureza têm esse potencial.
Também é possível complementar a experiência oferecida pela cidade. Por exemplo, em cidades onde o enoturismo integra o turismo de experiência, é possível oferecer amenities ou produtos de spa a base de vinho. A Harus oferece amenities Vinotage, marca de cosméticos do Grupo Famiglia Valduga, cujo objetivo é proporcionar os benefícios da vinoterapia.
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